Myanmar é governado por um regime militar estrito, com o nome "Conselho de Estado para a Paz e o Desenvolvimento". O atual chefe de Estado é o presidente do Conselho, General Than Shwe. A maioria dos postos do gabinete é ocupada por oficiais militares. Os principais partidos do país são a Liga Nacional pela Democracia e a Liga das Nacionalidades Shans pela Democracia, embora suas atividades sejam fortemente reguladas e mesmo suprimidas pelo regime militar que, ademais, proibiu o funcionamento de diversos partidos e organizações políticas.
Várias organizações de direitos humanos, inclusive a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, relatam casos de abusos do governo militar contra os direitos humanos e afirmam que não há poder Judiciário independente no país. Há relatos de trabalhos forçados, tráfico de pessoas e trabalho infantil, e o governo é conhecido por usar a violência sexual como instrumento de controle.
As eleições parlentares de 1990 foram as primeiras em 30 anos, na qual a Liga Nacional pela Democracia, chefiada por Aung San Suu Kyi, recebeu mais de 60% dos votos e mais de 80% dos assentos na Assembléia. Entretanto, o regime militar anulou o resultado do pleito. Aung San Suu Kyi, que ganhou reconhecimento internacional como ativista pela democracia em seu país e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1991, tem sido mantida em prisão domiciliar.
Os representantes eleitos em 1990 formaram o Governo Nacional de Coalizão da União da Birmânia, um governo-no-exílio que é considerado ilegal pelo regime militar.
Em 1993, o governo militar instituiu uma assembléia constituinte, que funciona até os dias de hoje, mas sem lograr preparar uma nova constituição para o país.
A repressão política e os abusos contra os direitos humanos levaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas a incluir Mianmar na sua agenda de trabalho. A ASEAN, bem como os governos de diversos países, têm insistido para que o regime militar conduza o país à democracia.
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